São momentos, fragmentos. Fugazes…equidistantes, na mesma proporção daquilo que quanto mais nos afasta, mais nos aproxima.
São instantes, todos aqueles, imersos na neblina que pernoita nos braços delicados e dedos frágeis…apenas e somente todos os instantes…
São fotografias, recordadas no fim de uma tarde solarenga de outono, quando os raios de ouro do sol se estendem nos olhos repletos de marinheiros a remar no mar de cada dia.
São…pedaços a boiar no rio que flui lento por debaixo daquela ponte onde os beijos dançam ao som do vento que tudo leva.
São momentos em que tudo para e flutua nos risos que ecoam nas pétalas alvas de uma manhã que acaba de nascer.
E, no entanto, somente o tempo, que avança, lento lá fora, quando chove e as gotas caem nos vidros embaciados de vida de cada janela. Tão veloz, tão rápido que nem a mais rápida corrida o apanha, qual autocarro em movimento.
E não se vê, mas ele passa. Com ele, transporta toda a dimensão que pode alcançar a vida, a morte, o início, o fim.
No alcançar de cada horizonte, a lonjura de quanto se atravessa, as florestas mais negras ou só as praias mais reluzentes, a escuridão…a luz.
E na distância, a esta mesmo, pergunto-me se ainda posso apanhar? Será que ainda posso correr? Será que ainda posso viver? Viver mais e sentir mais? Será que posso olhar, sentir, tocar? Será que posso? Tão rápido, passa tão rápido… será que posso ainda chegar á clareira e respirar? Ou é demasiado tarde? Ou demasiado cedo?
No silêncio da noite, como um filme em câmara lenta, vejo todas as cenas e todos os palcos.
(Re)vivo, apenas para viver ainda mais.
Somente.
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